Poema de Nuno Júdice


Não preciso de perguntar o que
me dizem os teus olhos quando
os olho; nem te olho para que,
com os teus olhos, um só olhar

tudo me diga. O que me dizes
esconde-se no fundo que não vejo
quando me olhas, para que
tudo o que vejo me mostre

o fundo dos teus olhos. E
quando te peço que os feches, para
que um outro fundo se abra,

o que me dizes é o que
não sei se os teus olhos dizem,
quando o dizes nos teus olhos.

Kommentare

  1. Não preciso de te perguntar outra vez nem de olhar para o teu olhar para saber que algo que alguém fez,
    causou-te magoar.

    Não preciso de perguntar porque adivinho
    que aqueles dias que poderíamos dispensar
    vieram com o travo de azedo vinho
    para nos magoar

    Mas não perguntando nada mais quero que saibas
    que estou aqui.
    E aqui é em qualquer lugar onde tu caibas
    mas sempre em mim.
    E nada de angústias, minha Querida.
    Precisamos de falar pessoalmente. Não queres vir passar uns dias de férias ao campo no princípio de Agosto? Num local onde não há barulho, onde comes frutas nas árvores e ficarás rendida para sempre aos meus pequenos almoços? E conhecerás o ccz?
    Um beijo da Carmo

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  2. Pelo menos já temos poema Teresa.
    E acho muito bem,férias com a avó,pequenos almoços especiais é de aproveitar,acredite.
    Devem ser como os meus pequenos almoços Alentejanos,comemos na rua,
    ouvimos os passarinhos no meio de um silêncio gostoso em que só eles
    falam.
    Pão molinho, quentinho, manteiga ,doce fruta....
    Que bom!!!!

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  3. bonito poema, bela imagem. beijos, pedrita

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