As gaivotas da Isabel

Acabo de ler o apelo da nossa querida Renard "Á Minha Tribo". Palavras tao maravilhosas, tao cheias de esperanca, tao cheias de amor e tao altruístas, que as tive de trazer aqui, retirando as minhas tao péssimistas. Renard, se há alguem que compreenda a nossa poetisa ao "desprender-se" e aventurar-se a mudar de horizontes, sou eu. Um dia, ainda muito nova, também voei para terras estrangeiras, deixando muitos coracoes a chorar ... Valeu a pena ter magoado tantos entes queridos? Tudo vale a pena se a alma nao é pequena, como já dizia o nosso Pessoa.

Á Minha Tribo:

Amigos! Então?!

Olhem, hoje andei aqui a fazer a minha ronda dos blogs e deparei-me com um clima de dor e tristeza tal que mais parece uma associação de "carpideiras" do que uma Tribo de Afectos.
Mas a culpa foi minha. Eu sei. Peço imensa desculpa, mas quando postei o texto sobre os nossos "direitos e obrigações tribais" esqueci-me duma parte.
Vamos então a isso:
Meus lindos, mas quem vos disse que o afecto sabe sempre bem? Porque pensam que, o bem das pessoas que estimamos na Tribo é, obrigatoriamente, o nosso bem também?
Vejam bem. É nossa OBRIGAÇÃO querer a felicidade dos membros acima de tudo o resto! Fiquem felizes pela nossa maravilhosa Poetisa!
Vai levantar voo! Vai expandir as asas e cruzar os ceús! Se a quiserem ver, basta olharem para cima que lá estará ela a sobrevoar-nos sempre, mas sempre, a olhar por nós!
Claro que me parte o coração não ter os sorrisos da minha LINDA BC todos os dias. Mas enche-me o peito de orgulho que ela planeie outros rumos. E lembrem-se um dia poderemos ser nós a sentir a necessidade de mudar de horizontes. Isso não quer dizer que não nos levemos uns aos outros no coração....
Tal como disse à minha Teresinha, a raposa ficou muito triste quando o Principezinho teve de se despedir. Mas entendeu que tinha de o deixar ir porque havia uma rosa lá no planeta dele que precisava de cuidados.
As rosas da Isabel precisam dela e lembrem-se que os nossos laços já foram firmados a "ferro e fogo". Nada os quebrará!
Por mim, aqui deixo a minha ovação à Isabel pela coragem de se "desprender" e aventurar-se noutros voos...

Tudo de bom minha AMIGA!!!

Kommentare

  1. Teresa, já te respondi sobre a Isabel no meu blogue. Ela precisa de tempo. E nem tudo são rosas na blogosfera, minha querida! Mas a Isabel, mesmo com a sua sensibilidade, vai superar este tempo e qualquer dia aparece-nos pela porta dentro. Assim o espero.
    Tu, a não-crente, não te preocupes demasiado com o facto. Vive sem ter receio de te olhares ao espelho e estará tudo bem. Um beijo saudoso da Carmo

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  2. Minha querida Teresa, como eu fiquei mal, por lhe ter causado este sofrimento,mas acredite no que a avó diz, eu vou superar este tempo, de alguma ansiedade por motivos que por vezes nos são alheios,e voltarei sim, com forças para lutar contra muitas coisas.
    Não estou melhor que vocês acreditem, porque tenho um peso a dobrar, o que já tinha e o peso de ter que vos deixar.
    Vocês não me lêm e eu não escrevo para vós, é muito difícil.
    Mas para compensar vou deixar-lhe este poema que não sei se chegou a ler por ter sido publicado por mim
    já há mais tempo, e vai directamente para Dusseldorf para a minha amiga Teresa.

    SORRISO:
    Olhos de menina que um dia,
    o foram
    Deles nada me resta,
    alegres,
    profundos,
    Com um sorriso
    Que outrora foram sorriso
    na boca
    de meus pais.
    Já nem força
    nem sorriso.
    Olhos de criança que um dia
    o foram.
    São hoje, olhos tristes
    Sem rumo
    Sem saberem que caminho
    Hão-de seguir.
    Como eu queria
    Que esses olhos fossem
    Sorriso ainda na boca de meus pais
    Isabel Cabral

    Obrigada pelo presente que deixou no blogue, adorei.
    Estão lindos,diga-me como eu que eu vou resistir a pessoas como vocês?
    Cá e casa já ralharam comigo e talvez tenham alguma razão, «mas só alguma»
    Beijinhos e fica o meu sorriso só para si.

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  3. Sabe linda, eu fui emigrante em pequena. Nasci na África do Sul e vim para Portugal com 9 anos. Mas lembro-me ainda da importância vital que Portugal tinha para os meus pais porque tinham cá família. Sei o que passei, ainda criança, ao ter de deixar os meus amigos e alguma família e deixar o único país que tinha conhecido.
    Custou muito. Não gostei de Portugal e não me foi nada fácil adaptar-me. Aliás, acho que ainda não estou bem estruturada neste malfadado país de mentes fechadas e cheio de preconceito.
    E continuo a não gostar de Portugal, sabe? No entanto, exsitem uns quantos portugueses que adoro e, desde que a Isabel me descobriu, esse número subiu exponencialmente.
    Deixo-lhe aqui os meus parabéns por ter tido a coragem de se aventurar também... Sei que não é nada fácil...

    Uma valente beijoca

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