NOS TEUS ANOS

Se eu fosse poetisa
Far-te-ia um poema,
Mae!
Breve,
Singelo
E muito belo.

Se eu fosse pintora
Reproduziria
Na minha tela
O teu rosto
Mae!
Esse rosto
Lindo,
Gentil,
Airoso.
O teu olhar
Azul,
Suave,
Brando,
Melodioso.

Mas nao,
Mae!
Eu nao sou poetisa,
Nem sou pintora,
Eu nao sou nada.

Só tenho
Para te dar
O meu amor!






Kommentare

Avó Pirueta hat gesagt…
Teresa de Longe, belíssimo na sua simplicidade, texto e flores. Se são mesmo para a sua Mãe, junte-lhe os meus parabéns. Tenha um bom Sontag...
Abraço da Maria Descomplica
ematejoca hat gesagt…
Ao ler as suas palavras, Carmo, aqui e no dia de hoje, é como se Deus a mandasse para me consolar.
Escrevi este poema, dedicado à minha querida mae, quando tinha quinze anos. Idade em que se escreve poesia, hoje nao tenho sensibilidade para isso.
Toda a sua vida ela trouxe na carteira o pedaco do jornal, onde este poema tinha sido publicado.
Os maiores desgostos na vida da minha mae foram a morte do meu pai, ela ficou viúva aos 25 anos, e a minha vinda para a Alemanha.
Tenho tantos, tantos remorsos, mas é tarde demais.
Desejo-lhe um Domingo feliz!
Raul Martins hat gesagt…
Que mais poderemos dar aos outros com maior significado que o amor? Não sei se já foi hoje visitar a Carmo mas ele tem lá dois lindíssimos textos que enaltecem o amor como a maior das dádivas.
Um bom domingo para si.
Raul Martins hat gesagt…
Esqueci-me de lhe dizer que a Émy continuará o diálogo consigo, talvez amnhã, pois hoje é festa cá no nosso "lugar". É festa da Senhora da Hora. E temos cá família e por isso não sei se terá tempo.
Carpe diem!
Avó Pirueta hat gesagt…
Teresa de Longe, limpe a sua alma desses remorsos, a sua Mãe não gosta de a ver assim. Pois, seja qual for a sua opinião, aceite a minha: os que amamos nunca morrem, ficam connosco, inteiros ou em pedacinhos. E a sua Mãe nem teve que lhe perdoar, porque nunca sentiu a sua partida como um sofrimento que lhe lhe quisesse causar. Pode ter saudades, que bom ter saudades, é bom sinal, mas nada de remorsos. A sua Mãe olha-a, de onde está, com um sorriso e um olhar bonito e, se a pudesse ver com os olhos que tem, veria que ela se apresenta como naquele dia em que lhe pareceu mais bonita a si.
Um abraço que atravesse continentes, apertado para sentirmos o coração uma da outra e lembre-se de que infeliz, infeliz, é quem não tem saudades de ninguém. Nem sequer remorsos para penar. Com muito carinho, da Carmo
Fátima André hat gesagt…
Teresa,

muito bonito o seu sentimento de adolescente.
Acho que a Carmo já disse tudo e muito melhor do que eu conseguiria.
Ainda assim quero que sinta este abraço fraterno que lhe envio, aquele que não pode ver, mas pode sentir se fechar os seus olhinhos. Faço muito esta experiências com os meus meninos da escola e até mesmo os que inicialmente se assustam, depois sorriam dizendo que é maravilhosa a sensação de conforto.
:)
Turma hat gesagt…
O amor de Mãe é o mais bonito dos amores.

Rita