No Público de hoje:
"Paula Rego gostava de ter novamente 18 anos para voltar a estudar e frequentar a universidade britânica Royal College of Art, que hoje a homenageou com um doutoramento honoris causa.
"Sinto muita afeição pela escola", confessou hoje a pintora portuguesa à agência Lusa em Londres, momentos antes da cerimónia da entrega do diploma honorífico.
Apesar de ter o seu próprio estúdio há cerca de 15 anos no bairro de Camden Town, a pintora tem aproveitado as instalações do RCA durante este ano para fazer gravuras.
"São muito simpáticos", elogia a artista de 73 anos, vestida a rigor com um traje negro comprido e um chapéu igual aos dos restantes estudantes que hoje receberam os seus diplomas.
Há dois anos, a instituição acolheu também uma grande retrospectiva do seu trabalho gráfico, relembra, o que aumentou a sua estima pela universidade.
Instalada permanentemente em Londres desde 1976, Paula Rego salienta também a qualidade da escola de design, "a melhor do mundo".
Estas razões fazem-na pensar que, se fosse jovem novamente, talvez escolhesse o RCA em vez da Slade School of Art, para onde veio estudar há mais de 50 anos, em 1952, acabada de atingir a maioridade.
"Se fosse agora, gostava de estudar aqui. Gostava de ter 18 anos outra vez. Ainda tenho muito para aprender", diz.
Paula Rego recebeu o título de doutora honoris causa ao mesmo tempo que a estilista Vivienne Westwood e o encenador e apresentador de televisão Jonathan Miller.
O diploma de doutoramento honoris causa é atribuído anualmente desde 1967 por esta universidade a personalidades britânicas ou estrangeiras que se tenham destacado nos respectivos campos ligados às artes.
O ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian José de Azeredo Perdigão foi o primeiro português a receber o mesmo diploma, em 1969.
Na cerimónia, que decorreu hoje na sala de espectáculos Royal Albert Hall, foram também entregues os diplomas de pós-graduação a cerca de 400 alunos.
Entre estes, 12 eram portugueses, com alguns dos quais a pintora portuguesa acedeu a posar para uma fotografia.
Paula Rego saúda o facto de terem continuado a sua formação e de terem concluído mestrados e doutoramentos, mas descarta a ideia de o fazer ela própria.
"No meu caso é impossível fazer um doutoramento porque não faz sentido", observa.
"O que eu preciso - sustenta - é de praticar e trabalhar todos os dias e de ter boas ideias. Não tem nada a ver com pesquisas. O meu trabalho é mais imaginativo e inventivo"."
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?
"Paula Rego gostava de ter novamente 18 anos para voltar a estudar e frequentar a universidade britânica Royal College of Art, que hoje a homenageou com um doutoramento honoris causa.
"Sinto muita afeição pela escola", confessou hoje a pintora portuguesa à agência Lusa em Londres, momentos antes da cerimónia da entrega do diploma honorífico.
Apesar de ter o seu próprio estúdio há cerca de 15 anos no bairro de Camden Town, a pintora tem aproveitado as instalações do RCA durante este ano para fazer gravuras.
"São muito simpáticos", elogia a artista de 73 anos, vestida a rigor com um traje negro comprido e um chapéu igual aos dos restantes estudantes que hoje receberam os seus diplomas.
Há dois anos, a instituição acolheu também uma grande retrospectiva do seu trabalho gráfico, relembra, o que aumentou a sua estima pela universidade.
Instalada permanentemente em Londres desde 1976, Paula Rego salienta também a qualidade da escola de design, "a melhor do mundo".
Estas razões fazem-na pensar que, se fosse jovem novamente, talvez escolhesse o RCA em vez da Slade School of Art, para onde veio estudar há mais de 50 anos, em 1952, acabada de atingir a maioridade.
"Se fosse agora, gostava de estudar aqui. Gostava de ter 18 anos outra vez. Ainda tenho muito para aprender", diz.
Paula Rego recebeu o título de doutora honoris causa ao mesmo tempo que a estilista Vivienne Westwood e o encenador e apresentador de televisão Jonathan Miller.
O diploma de doutoramento honoris causa é atribuído anualmente desde 1967 por esta universidade a personalidades britânicas ou estrangeiras que se tenham destacado nos respectivos campos ligados às artes.
O ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian José de Azeredo Perdigão foi o primeiro português a receber o mesmo diploma, em 1969.
Na cerimónia, que decorreu hoje na sala de espectáculos Royal Albert Hall, foram também entregues os diplomas de pós-graduação a cerca de 400 alunos.
Entre estes, 12 eram portugueses, com alguns dos quais a pintora portuguesa acedeu a posar para uma fotografia.
Paula Rego saúda o facto de terem continuado a sua formação e de terem concluído mestrados e doutoramentos, mas descarta a ideia de o fazer ela própria.
"No meu caso é impossível fazer um doutoramento porque não faz sentido", observa.
"O que eu preciso - sustenta - é de praticar e trabalhar todos os dias e de ter boas ideias. Não tem nada a ver com pesquisas. O meu trabalho é mais imaginativo e inventivo"."
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?
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