Vossa sou, para Vós nasci, Que quereis fazer de mim? Soberana Majestade, Eterna Sabedoria, Bondade tão boa para a minha alma, Vós, Deus, Alteza, Ser Único, Bondade, Olhai para a minha baixeza, Para mim que hoje Vos canto o meu amor. Que quereis fazer de mim? Vossa sou, pois me criastes, Vossa, pois me resgatastes, Vossa, pois me suportais, Vossa, pois me chamastes, Vossa, pois me esperais, Vossa pois não estou perdida, Que quereis fazer de mim? Que quereis então, Senhor tão bom, que faça tão vil servidor? Que missão destes a este escravo pecador? Eis-me aqui, meu doce amor, Meu doce amor, eis-me aqui. Que quereis fazer de mim? Eis o meu coração, que coloco em Vossas mãos, com o meu corpo, minha vida, minha alma, minhas entranhas e todo o meu amor. Doce Esposo, meu Redentor, para ser Vossa, me ofereci, que quereis fazer de mim? Dai-me a morte, dai-me a vida, a saúde ou a doença dai-me honra ou desonra a guerra, ou a maior paz, a fraqueza ou a paz plena, a tudo isso, digo sim: Que querei...
Kommentare
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Quanto ao resto da frase e ao seu sentido fez-me lembrar uma imagem do meu livro de Psicologia (disciplina de opção no meu 10º ou 11º ano): um macaquinho passava o dia agarrado a uma mamã artificial macia e quente, e só saía dela para ir junto de outra mamã de rede metálica para ir beber leite através de um biberão que ela transportava. Depois, voltava rapidamente para a outra mãe.
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Na cultura católica quem é que tem a autoridade para ler e interpretar as Escrituras?
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O padre!
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Na cultura protestante (e não interessa se se é crente ou não, não se nasce impunemente numa cultura) quem é que tem a autoridade para ler e interpretar as Escrituras?
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O crente!
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Agora transporte isso para a vida quotidiana...
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Numa sociedade de cultura católica a hierarquia é fundamental, a hierarquia é que sabe o que é bom, o que deve ser feito. Os cidadãos demitem-se de uma análise crítica por não estarem habituados a fazê-la. Os que detêm o poder, por sua vez, tratam a populaça como crianças que têm de ser protegidas da verdade... lembra-se daquele filme em que o actor Tom Cruise leva o actor Jack Nicholson a tribunal e numa meio da refrega e no cúmulo da discussão Nicholson grita "You can't handle the truth".
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Numa cultura protestante, ninguém precisa do padre, ninguém precisa do intermediário, o crente lida directamente com Deus e como não existe o instituto da confissão redentora, tem de ser responsável perante Deus.
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Nessa cultura os próprios chefes podem dizer a verdade de forma mais crua porque sabem que os governados não entram tão facilmente em pânico como nos países de tradição católica.
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ccz
Teóricamente, o ccz tem razao naquilo que diz. Mas na prática nao é bem assim... nós, católicos, nao nos deixamos tratar "como crianças que têm de ser protegidas da verdade..."
Penso que os católicos aqui, na Alemanha também nao precisam do padre, nao precisam de intermediário. Encontro, aqui pouca direrenca entre os católicos e protestantes. Mas nós aqui nao temos uma cultura católica genuína como em Portugal, Espanha, Itália.
Nao estou a defender a cultura católica, desde a minha estadia na Inglaterra que tenho um fraquinho pela cultura protestante.
Nao, nao me lembro desse filme em que o actor Tom Cruise leva o actor Jack Nicholson a tribunal e numa meio da refrega e no cúmulo da discussão Nicholson grita "You can't handle the truth".
Diga-me, por favor, como se chama em ingles esse filme.